Relatos apontam que um foguete russo atingiu uma das escolas do distrito de Osnovyansk, em Kharkiv
por
Ansa
3 de janeiro de 2024
IG
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de lançar mais de 500 mísseis e drones contra seu país nos últimos cinco dias.
“Em poucos dias, de 29 de dezembro até hoje (2), a Rússia usou cerca de 300 mísseis e mais de 200 drones contra a Ucrânia”, escreveu ele no X (antigo Twitter).
Segundo Zelensky, “antes da Ucrânia, nenhum país do mundo tinha conseguido repelir com sucesso tais ataques combinados com o uso de drones e mísseis, incluindo mísseis balísticos lançados do ar”.
O líder ucraniano afirmou que, “somente na última terça-feira, 10 Kinzhal foram abatidos”, fazendo referência aos mísseis hipersônicos russos. Desde ontem, fortes explosões foram ouvidas em Sebastopol, na Crimeia ocupada, conforme relatado por Ukrinform.
Por sua vez, o chefe da administração pró-Rússia da península, Mikhail Razvozhaev, afirmou que um míssil foi abatido perto de Sebastopol, acrescentando que não houve danos nas infraestruturas.
Relatos apontam que um foguete russo atingiu uma das escolas do distrito de Osnovyansk, em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.
Após a ofensiva, uma parte do prédio de dois andares desabou. O míssil também danificou pelo menos três casas perto da instituição.
Os líderes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) condenaram veementemente os recentes bombardeios russos no território da Ucrânia e apelaram ao fim imediato da guerra., enfatizando que o ano novo “começou de forma deprimente, da mesma forma como terminou o anterior”.
Mais cedo, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou que, “na Ucrânia, a solução política é o objetivo final, o objetivo é a paz e a independência” do país.
“A Europa está a ajudar a Ucrânia a evitar que a violência prevaleça porque a Rússia violou o direito internacional. Imaginem se não tivesse havido apoio ocidental à Ucrânia, o que teria acontecido. A Rússia teria invadido a Ucrânia, desafiando o direito internacional e as regras da coexistência civil”, explicou.
Segundo o chanceler italiano, tudo isso seria “com o uso da força e da violência contra a democracia”.
“Estamos ajudando a Ucrânia a defender a sua independência territorial, estamos a ajudar o povo ucraniano a não ser forçado a ceder à força dos russos. Não será fácil, mas temos que trabalhar”, concluiu ele.
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