Primeiro trimestre da economia teve salto acima do esperado
por
Luís Felipe Granado
29 de dezembro de 2023
IG
No primeiro Relatório Focus de 2023, divulgado pelo Banco Central (BC) em 2 de janeiro, o mercado financeiro esperava crescimento de 0,80% no PIB no ano. A previsão conservadora foi amplamente superada. Só no primeiro trimestre sob a gestão Lula, a economia brasileira saltou 1,9, sendo 0,9% no segundo trimestre e 0,1% no terceiro. Com isso, o PIB acumula um crescimento de 3,1% nos últimos quatro trimestres.
O Relatório Focus é um boletim semanal divulgado pelo Banco Central do Brasil que reúne projeções econômicas feitas por diversas instituições financeiras para indicadores macroeconômicos do país. O BC coleta essas previsões de diversos analistas de mercado, bancos, consultorias e instituições financeiras renomadas e consolida todas as projeções em um único relatório, que é divulgado regularmente, geralmente às segundas-feiras.
No primeiro trimestre, principalmente, o desemprenho do setor agrícola ajudou a puxar o índice, assim como o setor de serviços, sendo responsáveis, respectivamente, por 1,4 p.p. e 1,8 p.p. da taxa de crescimento interanual. O consumo das famílias contribuiu positivamente com 2,2 p.p. no período, puxado também pelo aumento no Bolsa Família e na expectativa de melhoria da economia.
Já no segundo trimestre, o bom desempenho das exportações, aliado ao aquecido mercado interno, ajudou a alavancar a economia. Fato negativo foi o desempenho da indústria, que nesse período chegou a um ano de resultados negativos para o PIB. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o nível elevado dos juros pode ter papel relevante em explicar o mau desempenho da demanda por investimentos e da atividade manufatureira.
Já no terceiro trimestre a economia ficou praticamente estagnada, representando ainda clara desaceleração em relação ao crescimento observado nos dois períodos anteriores. As exportações continuaram impulsionando positivamente o crescimento da economia pelo quinto trimestre seguido. Isso se deve principalmente à demanda global por produtos brasileiros, especialmente petróleo e minério de ferro. Além disso, o consumo das famílias foi a maior força impulsionadora do crescimento econômico no terceiro trimestre.
Segundo o professor de economia do curso de Administração da ESPM Alexandre Gaino, a previsão do Relatório Focus era cercada de incertezas quanto à mudança de governo, que faz o mercado superestimar índices de inflação e subestimar o crescimento do PIB.
A desaceleração observada nos últimos trimestres levou o Ministério da Fazenda revisar de 3,2% para 3% a sua estimativa para o crescimento do PIB em 2023. A nova projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta também foi reduzida para 2024, sendo revisada de 2,3% para 2,2%.
“Em 2023 ocorreu uma sazonalidade que foi o bom desempenho do setor agrícola, o que não necessariamente se repetirá em 2024. A taxa média de crescimento do Brasil nos últimos anos é de 1,5% a 2%, então seria um resultado natural porque o país ainda tem problemas estruturais que impedem um salto maior”, afirma Gaino.
Segundo o economista, as propostas apresentadas pela equipe econômica neste ano já devem surtir efeito na economia, mas a longo prazo.
O novo arcabouço fiscal e agora a reforma tributária, ajudam a criar uma nova estrutura para crescimento ao longo do tempo, mas não é imediato esse resultado”, diz.
“Além disso, a queda dos juros também vai colaborar com o crescimento brasileiro, então estamos longe de ter uma expectativa de recessão, ou queda do PIB no próximo ano”, completa.
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