Índice acompanhou o mercado externo apesar de início turbulento
por
Brasil Econômico
29 de dezembro de 2023
IG
O Ibovespa, índice que mede o avanço da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o ano de 2023 com um crescimento de 22,28%, marcando seu desempenho mais robusto desde 2019, quando registrou um aumento de 31,58%.
Apesar de eventos como a fraude contábil na Americanas, incertezas em torno da trajetória das taxas de juros e questionamentos sobre os compromissos fiscais do novo governo, o índice ganhou força durante o último período do ano.
Entre os principais contribuintes para esse avanço estão a tendência positiva observada no mercado internacional e o início do ciclo de cortes de juros no cenário doméstico.
O mercado acionário nacional acompanhou a tendência global, com altas registradas nos índices acionários dos Estados Unidos, variando entre 13% e 44%. As principais bolsas europeias também apresentaram crescimento, enquanto as bolsas chinesas mostraram desempenho mais contido na Ásia.
No fechamento do último pregão do ano, nesta quinta-feira, o Ibovespa registrou uma leve queda de 0,01%, alcançando a marca de 134.185 pontos. Em contrapartida, o dólar teve uma valorização de 0,41%, sendo negociado a R$ 4,8525.
Apesar do índice anual positivo, o dólar apresentou uma queda de 8,06% em relação ao real ao longo de 2023, marcando a maior desvalorização anual desde 2016, quando cedeu 17,69%.
No decorrer dos 12 meses, o Ibovespa teve quedas em quatro deles, destacando-se as retrações mais significativas em fevereiro (-7,49%) e agosto (-5,09%). No entanto, o ponto alto foi o crescimento de 12,54% em novembro, o melhor desempenho mensal do índice em três anos, consolidando os ganhos do mercado.
A manutenção das taxas pelo Fed em suas últimas três reuniões, após elevar para o patamar entre 5,25% e 5,5% – o mais alto desde 2001 – e a redução das projeções para as taxas no final de 2024, impactaram na queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano. Com a redução dessas taxas, investidores tendem a buscar mercados que ofereçam retornos mais atrativos, mesmo que isso signifique maior risco, e o Brasil ainda é considerado um mercado relativamente “mais acessível” em comparação com outras opções.
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