Presidente argentino afirmou durante a posse que o país está "quebrado". Nesta semana, ministro da economia anunciou pacote fiscal
por
Luís Felipe Granado
14 de dezembro de 2023
IG
“Nenhum governo recebeu pior herança do que a que estamos recebendo agora”, disse Javier Milei em seu primeiro discurso como presidente da Argentina, no último domingo (10). Segundo ele, a partir de então, começa “uma nova era” no país. Mas, afinal, qual é essa “herança”?
Entre os problemas que caíram no “colo” do presidente argentino estão uma inflação superior a 140% em 12 meses, além do fato que mais de 40% dos argentinos vivem abaixo da linha da pobreza, e quase 10% enfrentam condições de fome.
Além disso, a desvalorização do peso é evidente, com a taxa de câmbio desvalorizada em todas as formas, especialmente o dólar Blue, que atingiu quase 1.000 pesos para cada 1 dólar.
Ainda por cima, as reservas de dólares do Banco Central argentino estão no vermelho, estimadas em mais de US$ 12 bilhões de déficit. Sem contar a dívida de aproximadamente R$ 7 bilhões, contraída junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na noite desta terça-feira (12), o novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, revelou as primeiras iniciativas do recém-empossado governo de Javier Milei para enfrentar a crise do país. Em um vídeo com aproximadamente 20 minutos transmitido em cadeia nacional de TV e redes sociais, Caputo detalhou dez medidas iniciais.
De maneira geral, as ações iniciais do governo Milei serão centradas na redução da máquina pública e na interrupção das licitações realizadas pelo seu antecessor, o peronista Alberto Fernández. Caputo enfatizou: “No hay más plata” (não há mais dinheiro), ecoando a frase que se tornou um lema do novo presidente.
Caputo iniciou seu pronunciamento afirmando que, “definitivamente, estamos diante da pior herança de nossa história”. O ministro ecoou Milei e citou o crescente empobrecimento da população, o déficit fiscal equivalente a 5,5% do PIB, a falta de reservas do Banco Central e a emissão desenfreada de moeda durante o governo do peronista Alberto Fernández.
Para o economista e professor de relações internacionais da ESPM Roberto Georg Uebel o pacote de medidas de Caputo é “bastante conservador” e contrastam com a radicalização da campanha de Milei, que mencionava fechamento do Banco Central e rompimento de relações diplomáticas com a China, por exemplo.
“São medidas emergenciais, que tentam conter os gastos públicos na medida que a constituição argentina permite”, diz.
O economista destaca duas medidas principais: a liberação de importações sem licença e a precificação do dólar em 800 pesos.
“A importação argentina era muito burocrática, o que encarece o processo produtivo. Agora, apesar da queda de receitas do governo, essa decisão deve favorecer a criação de empregos e a economia em geral”, afirma.
“O peso ainda está um pouco distante do dólar paralelo, mas o que o Milei fez foi ajudar no controle cambial, já preparando o terreno para medidas mais duras, que certamente virão”, completou.
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