FPE debate impactos da política econômica dos EUA, tributação brasileira e desafios para a indústria nacional

28 de fevereiro de 2025

Os efeitos das novas barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, a necessidade de modernização do ambiente de negócios no Brasil e as oportunidades para o setor de mineração e energia foi o debate principal da reunião-almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em parceria com o Instituto Unidos Brasil (IUB).

O economista Marcos Troyjo destacou que o Brasil, com uma carga tributária de aproximadamente 34% do PIB, já está acima de países como Suíça e significativamente acima dos Estados Unidos, que atualmente praticam uma carga de 27%.“O Brasil enfrenta um dilema crítico: ao mesmo tempo em que possui um vasto potencial produtivo e energético, também tem um dos ambientes de negócios mais onerosos do mundo. Se quisermos atrair investimentos e reindustrializar o país, precisamos de uma reforma tributária eficaz, que reduza a carga fiscal e simplifique os processos para as empresas”, pontuou.

A falta de previsibilidade econômica foi outro fator abordado. Para o deputado Joaquim Passarinho (PL/PA), presidente da FPE, o Congresso precisa avançar em soluções que tornem o Brasil um destino mais atrativo para investimentos internacionais. “Hoje, estamos em um momento crucial. A transição energética global e as mudanças geopolíticas nos abrem oportunidades, mas, se não corrigirmos a estrutura tributária e burocrática, perderemos esse bonde para países como Índia e México”, alertou.

Impactos da política tarifária dos EUA

As recentes medidas protecionistas do governo dos Estados Unidos, especialmente no setor siderúrgico e de mineração, foram amplamente debatidas. De acordo com Rinaldo Mancin, diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o aumento da tarifa de importação sobre o aço e o alumínio brasileiros para até 25% foi considerado um duro golpe para a indústria nacional, que já enfrenta dificuldades em razão da concorrência chinesa e dos altos custos de produção no país.

“Os Estados Unidos não estão preocupados com o impacto dessas tarifas sobre os países exportadores, mas sim com sua própria economia. A decisão de aumentar as barreiras comerciais ignora a interdependência das cadeias produtivas globais e pode prejudicar até mesmo a indústria americana”, afirmou Rinaldo Macin, representante do setor mineral.

Além disso, a dependência brasileira da China para exportação de minérios foi apontada como um risco a longo prazo. “Hoje, 70% das nossas exportações de minério de ferro vão para a China. A entrada de novos players, como a Guiné, pode alterar o equilíbrio desse mercado. Precisamos diversificar nossos destinos e fortalecer nossas cadeias produtivas internas para agregar valor à nossa produção”, completou Mancin.

Além disso, o diretor ainda ressaltou que a crescente demanda global por minerais críticos, essenciais para a transição energética, representa uma oportunidade para o país, desde que haja investimentos em inovação e infraestrutura. “A transição energética é irreversível. O Brasil tem tudo para ser um dos protagonistas desse processo: temos minerais estratégicos, energia renovável e uma matriz energética limpa. No entanto, precisamos de segurança jurídica e marcos regulatórios modernos para atrair investimentos e evitar gargalos que dificultem o crescimento do setor”, destacou.

Para o deputado Danilo Forte (União/CE), a exploração de urânio também deve ser debatida. “Recebemos, nos últimos meses, diversos investidores internacionais interessados na extração de urânio. O Brasil tem uma das maiores reservas do mundo, mas precisamos avançar na regulamentação para permitir que essa riqueza seja explorada de forma segura e eficiente”, afirmou Danilo.

Ao final do encontro foi sugerida a criação de um grupo de trabalho específico para discutir soluções para o setor mineral e energético, além de maior alinhamento com outras frentes parlamentares, como a do Comércio e Serviços e a da Agropecuária.

“A FPE tem sido um espaço fundamental para debates que transcendem ideologias e buscam soluções concretas para o desenvolvimento do país. Precisamos fortalecer esse diálogo e garantir que o Brasil tenha um ambiente de negócios favorável ao crescimento e à inovação”, concluiu Passarinho.

Fotos do Evento

FPE debate impactos da política econômica dos EUA, tributação brasileira e desafios para a indústria nacional

28 de fevereiro de 2025

Os efeitos das novas barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, a necessidade de modernização do ambiente de negócios no Brasil e as oportunidades para o setor de mineração e energia foi o debate principal da reunião-almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em parceria com o Instituto Unidos Brasil (IUB).

O economista Marcos Troyjo destacou que o Brasil, com uma carga tributária de aproximadamente 34% do PIB, já está acima de países como Suíça e significativamente acima dos Estados Unidos, que atualmente praticam uma carga de 27%.“O Brasil enfrenta um dilema crítico: ao mesmo tempo em que possui um vasto potencial produtivo e energético, também tem um dos ambientes de negócios mais onerosos do mundo. Se quisermos atrair investimentos e reindustrializar o país, precisamos de uma reforma tributária eficaz, que reduza a carga fiscal e simplifique os processos para as empresas”, pontuou.

A falta de previsibilidade econômica foi outro fator abordado. Para o deputado Joaquim Passarinho (PL/PA), presidente da FPE, o Congresso precisa avançar em soluções que tornem o Brasil um destino mais atrativo para investimentos internacionais. “Hoje, estamos em um momento crucial. A transição energética global e as mudanças geopolíticas nos abrem oportunidades, mas, se não corrigirmos a estrutura tributária e burocrática, perderemos esse bonde para países como Índia e México”, alertou.

Impactos da política tarifária dos EUA

As recentes medidas protecionistas do governo dos Estados Unidos, especialmente no setor siderúrgico e de mineração, foram amplamente debatidas. De acordo com Rinaldo Mancin, diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o aumento da tarifa de importação sobre o aço e o alumínio brasileiros para até 25% foi considerado um duro golpe para a indústria nacional, que já enfrenta dificuldades em razão da concorrência chinesa e dos altos custos de produção no país.

“Os Estados Unidos não estão preocupados com o impacto dessas tarifas sobre os países exportadores, mas sim com sua própria economia. A decisão de aumentar as barreiras comerciais ignora a interdependência das cadeias produtivas globais e pode prejudicar até mesmo a indústria americana”, afirmou Rinaldo Macin, representante do setor mineral.

Além disso, a dependência brasileira da China para exportação de minérios foi apontada como um risco a longo prazo. “Hoje, 70% das nossas exportações de minério de ferro vão para a China. A entrada de novos players, como a Guiné, pode alterar o equilíbrio desse mercado. Precisamos diversificar nossos destinos e fortalecer nossas cadeias produtivas internas para agregar valor à nossa produção”, completou Mancin.

Além disso, o diretor ainda ressaltou que a crescente demanda global por minerais críticos, essenciais para a transição energética, representa uma oportunidade para o país, desde que haja investimentos em inovação e infraestrutura. “A transição energética é irreversível. O Brasil tem tudo para ser um dos protagonistas desse processo: temos minerais estratégicos, energia renovável e uma matriz energética limpa. No entanto, precisamos de segurança jurídica e marcos regulatórios modernos para atrair investimentos e evitar gargalos que dificultem o crescimento do setor”, destacou.

Para o deputado Danilo Forte (União/CE), a exploração de urânio também deve ser debatida. “Recebemos, nos últimos meses, diversos investidores internacionais interessados na extração de urânio. O Brasil tem uma das maiores reservas do mundo, mas precisamos avançar na regulamentação para permitir que essa riqueza seja explorada de forma segura e eficiente”, afirmou Danilo.

Ao final do encontro foi sugerida a criação de um grupo de trabalho específico para discutir soluções para o setor mineral e energético, além de maior alinhamento com outras frentes parlamentares, como a do Comércio e Serviços e a da Agropecuária.

“A FPE tem sido um espaço fundamental para debates que transcendem ideologias e buscam soluções concretas para o desenvolvimento do país. Precisamos fortalecer esse diálogo e garantir que o Brasil tenha um ambiente de negócios favorável ao crescimento e à inovação”, concluiu Passarinho.

Fotos do Evento

FPE debate impactos da política econômica dos EUA, tributação brasileira e desafios para a indústria nacional

28 de fevereiro de 2025

Os efeitos das novas barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, a necessidade de modernização do ambiente de negócios no Brasil e as oportunidades para o setor de mineração e energia foi o debate principal da reunião-almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em parceria com o Instituto Unidos Brasil (IUB).

O economista Marcos Troyjo destacou que o Brasil, com uma carga tributária de aproximadamente 34% do PIB, já está acima de países como Suíça e significativamente acima dos Estados Unidos, que atualmente praticam uma carga de 27%.“O Brasil enfrenta um dilema crítico: ao mesmo tempo em que possui um vasto potencial produtivo e energético, também tem um dos ambientes de negócios mais onerosos do mundo. Se quisermos atrair investimentos e reindustrializar o país, precisamos de uma reforma tributária eficaz, que reduza a carga fiscal e simplifique os processos para as empresas”, pontuou.

A falta de previsibilidade econômica foi outro fator abordado. Para o deputado Joaquim Passarinho (PL/PA), presidente da FPE, o Congresso precisa avançar em soluções que tornem o Brasil um destino mais atrativo para investimentos internacionais. “Hoje, estamos em um momento crucial. A transição energética global e as mudanças geopolíticas nos abrem oportunidades, mas, se não corrigirmos a estrutura tributária e burocrática, perderemos esse bonde para países como Índia e México”, alertou.

Impactos da política tarifária dos EUA

As recentes medidas protecionistas do governo dos Estados Unidos, especialmente no setor siderúrgico e de mineração, foram amplamente debatidas. De acordo com Rinaldo Mancin, diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o aumento da tarifa de importação sobre o aço e o alumínio brasileiros para até 25% foi considerado um duro golpe para a indústria nacional, que já enfrenta dificuldades em razão da concorrência chinesa e dos altos custos de produção no país.

“Os Estados Unidos não estão preocupados com o impacto dessas tarifas sobre os países exportadores, mas sim com sua própria economia. A decisão de aumentar as barreiras comerciais ignora a interdependência das cadeias produtivas globais e pode prejudicar até mesmo a indústria americana”, afirmou Rinaldo Macin, representante do setor mineral.

Além disso, a dependência brasileira da China para exportação de minérios foi apontada como um risco a longo prazo. “Hoje, 70% das nossas exportações de minério de ferro vão para a China. A entrada de novos players, como a Guiné, pode alterar o equilíbrio desse mercado. Precisamos diversificar nossos destinos e fortalecer nossas cadeias produtivas internas para agregar valor à nossa produção”, completou Mancin.

Além disso, o diretor ainda ressaltou que a crescente demanda global por minerais críticos, essenciais para a transição energética, representa uma oportunidade para o país, desde que haja investimentos em inovação e infraestrutura. “A transição energética é irreversível. O Brasil tem tudo para ser um dos protagonistas desse processo: temos minerais estratégicos, energia renovável e uma matriz energética limpa. No entanto, precisamos de segurança jurídica e marcos regulatórios modernos para atrair investimentos e evitar gargalos que dificultem o crescimento do setor”, destacou.

Para o deputado Danilo Forte (União/CE), a exploração de urânio também deve ser debatida. “Recebemos, nos últimos meses, diversos investidores internacionais interessados na extração de urânio. O Brasil tem uma das maiores reservas do mundo, mas precisamos avançar na regulamentação para permitir que essa riqueza seja explorada de forma segura e eficiente”, afirmou Danilo.

Ao final do encontro foi sugerida a criação de um grupo de trabalho específico para discutir soluções para o setor mineral e energético, além de maior alinhamento com outras frentes parlamentares, como a do Comércio e Serviços e a da Agropecuária.

“A FPE tem sido um espaço fundamental para debates que transcendem ideologias e buscam soluções concretas para o desenvolvimento do país. Precisamos fortalecer esse diálogo e garantir que o Brasil tenha um ambiente de negócios favorável ao crescimento e à inovação”, concluiu Passarinho.

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